A invasão da Fazenda Álvares Real
O Barão terminou o jantar, e sentia seu corpo pesado, e cansado. Ele deitou-se no sofá, e já estava sonolento. Tirou os sapatos ordenando que Cila lhe fizesse uma massagem nos pés. Cila obedeceu, porém, Leopoldo logo caiu no sono, e a mulher certificou-se de que seu sono já era pesado.
Cila correu para a senzala, e avisou a todos que o Barão já dormia.
- Então deu certo? - Perguntou Rosário.
- Sim, ele já dorme pesado. E agora?
- Agora é esperar o sinal. Eles já devem estar chegando.Dandára estava inquieta, e sentia suas mãos frias. O nervosismo tomava conta dela, de maneira que a fazia torcer para tudo aquilo acabar logo.
- Ainda nervosa?
- Minha filha, eu fico preocupada, só isso.
- Estaremos juntas, não há mal nisso.
- Espero não haver mesmo, de verdade. Maria... Existem crianças na fazenda...
- Eu sei. Crianças que deveriam estar livres!
- Livres pra ir pra ' onde? Eu fico atormentada só de pensar que algo de ruim pode ocorrer. Esses capatazes, são todos de sangue ruim, Maria Vitória. Claro... Teve um com compaixão, que deixou-me cuidar de ti... Mas os outros? Todos crias do Barão, crias de gente ruim, de má fé!
- Calma, calma... Não se exalte, peço-te isso. Manteremos nossos corações aquecidos, e eu mesma irei atrás dessas crianças, se conseguir vê-las. Não tenha dúvidas. E para cá elas não voltam mais.
- Agradecida, filha. Vem, fica do meu lado, não saia daqui.
- Não se preocupe, estou aqui.
Edmundo e os outros escravos preparavam suas forças. E a ansiedade pela hora aumentava cada vez mais.
- É chegado a hora. Juntem-se aos outros! - Gritou Edmundo.
Os escravos se reuniram, ficando um do lado do outro. Juntos, com energias positivas.
Celso chegou perto da Fazenda com a carruagem. Junto a ele iam Iracema, Tião, Virgínia, e Peixoto. Fausto estava sozinho a cavalo.
Iracema desceu, e sentiu a brisa bater em seu rosto. Seus cabelos voavam delicadamente. Ouviu-se passos, eram os índios, da tribo de Iracema.
- Vinheram. - Disse ela sorrindo.
- Impressionante. - Disse Fausto. - Estão armados?
- São armas que índios usam para se proteger. Vai defender escravos.
- Vocês são pessoas curiosas, estou gostando de conhecer. Mas por favor, não deixem essas armas chegarem perto da Maria Vitória.
- Não se preocupe, ela não vai se machucar.
- Tenho medo disso. Mas falo por conhecê-la. É capaz dela mesma querer se defender usando isso contra alguém.
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Escrava Sinhá [Concluída]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, uma das mais belas moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o me...