Celso levou Eugênia para sua casa, onde o restante da família aguardava informações além das que Berenice levara. Ela estava pálida, e foi calada durante todo o caminho, com um olhar de raiva, angústia, e tristeza. Uma mistura de emoções.
- Seu Celso, que bom que chegou, devo servir algo para comer? Bom... Todos que estão lá dentro já se alimentaram.
- Eu estou bem, Hilde, obrigado! Mas entre, coloque algo para a dona Eugênia, por favor!- Não se preocupe comigo, estou bem.
- É importante que a senhora se alimente, e é bom se deitar um pouco também.
- Eu prefiro ir para a casa do Lázaro, ou... Não sei... Nem um lugar para chamar de meu eu tenho!
- Os condes a esperam aqui, fique com eles. Aqui a senhora terá todo o conforto que precisa, e o apoio da família.
- Sem querer ser rude, Celso... Mas eu não quero o apoio de ninguém. Tirando o meu pai, minha mãe, talvez a Maria Vitória, e a Virgínia... Todos são falsos! Não gostam de mim, nunca gostaram. Me aturam, e me suportam, apenas, agora também devem sentir pena, pois estou viúva.
- Como pode falar assim? Dona Eugênia, não sentimos pena, e sim empatia, algo bem diferente. Todos aqui gostam sim da senhora, por favor, não seja indiferente. Cada um está sofrendo de um jeito.
- Cada um sofre como pode, ou até onde consegue. Já que não tenho outra alternativa, eu vou para a casa do seu falecido pai, onde eu já estava... Quero ficar no quarto, sozinha, se me permite.
- Aquela casa está aberta para a senhora, mas no momento não acho adequado...
- Rapaz, não seja assim, tão cheio de achismos. É algo muito pessoal, você não pode chegar e se intrometer, então me dê licença.
- Não irei mais insistir, a senhora tem a razão, faça como achar melhor.
- Obrigada! Eu vou sozinha, não se preocupe, e lá também deve ter alimentos, eu mesma cuido de mim. Não quero ver ninguém, até mesmo Maria Vitória se ela voltar da fazenda... Com licença!Eugênia saiu pelas ruas, e Hilde foi ter com Celso.
- Senhor, não é perigoso ela sair assim? Pode até passar mal.
- A dona Eugênia pode estar com todo mal estar do mundo, Hilde, mas jamais dará o braço a torcer. Não posso fazer nada... Ela está com ódio e tristeza no coração, e não a julgo.
- Pobre mulher, deve criar com rancor tão grande dentro de si.
- Agora é esperar para ver o que acontece. Vamos entrar, sim?!
- Claro, senhor!Hilde entrou na casa anunciando a chegada de Celso, que foi rapidamente recebido com um beijo e abraço da esposa, Ana Laura.
- Meu amor, que bom que voltou! Estávamos todos aflitos e preocupados. Como foi tudo? Onde estão os outros? Que história horrível é essa?
- Calma, Laura... Uma pergunta de cada vez.
- Perdoe-me, estou nervosa!
- Pois não deve se estressar tanto, sabes o motivo.
- Nosso bebê está muito bem, obrigada! Agora conte-nos tudo, por gentileza.
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Escrava Sinhá [Concluída]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, uma das mais belas moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o me...