- Pai?
- Leôncio... Filho, você voltou!
- Meu pai... O que o senhor fez?
- O que eu fiz? Nada, filho... Eu nunca te fiz nada, Leôncio!
- Aquela carruagem não era para mim, pai... Como pôde fazer aquilo pai?
- O quê? Eu não fiz nada, Leôncio... Filho, Leôncio, não vá embora! Leôncio?! LEÔNCIO!...
- A senhora ouviu os gritos, dona Cila?
- Sim, doutor. Corri para ver o que era, chamava pelo senhor Leôncio. Quando o toquei percebi o quanto estava quente, uma febre forte! Mandei um capataz chamá-lo rapidamente, e o senhor Lázaro também.
- A senhora fez bem.- Acha que o meu pai pode estar enlouquecendo?
- A febre estava bastante alta, deve ter delirado apenas. Além de tudo ele já é velho, não me surpreende tamanha reação.
- E o que deve ser feito?
- Compressas com água, chás, remédios que possam ajudar a baixar. Dona Cila com certeza conhece muitos remédios para isso.
- É bom ficar em observação?
- Agora ele voltou a dormir, creio que não acordará por agora.
- De fato!
- Bom, vou deixar anotado para o senhor como podem fazer tudo. Agora eu preciso ir!
- Muito obrigado, doutor. Depois nos acertamos!
- Não se preocupe com isso, senhor Lázaro. Com licença!
Lúcio se retirou, e Cila se aproximou de Lázaro.
- Ontem o barão ordenou que eu chamasse o senhor Leôncio para almoçar, e ainda sem a dona Eugênia. Perguntou a menina Berenice se ela tinha vindo dar aulas, e parecia desnorteado com o que está acontecendo.
- Talvez já estivesse com essa febre, mas piorou nessa madrugada.
- Sim, pode ter sido.
- Eu vou caminhar um pouco pela fazenda, a senhora pode ficar aqui no quarto por gentileza?
- Claro, eu o espero!
- Agradeço!
Branca estava tomando uma xícara de café com Eugênia, em uma visita que fez. As duas conversavam sobre o retorno de Leopoldo, e o chamado de Lázaro até a fazenda.
- Imagina quanta coisa poderá mudar a partir de agora?
- Espero que mude para o nosso lado, para a melhor!
- É incrível como o barão Leopoldo aparenta ter muita boa sorte.
- Deve ter algum pacto, com certeza.
- Pensa mesmo isso, Eugênia?
- Você duvida?
- Eu já não sei mais de nada, te juro.
- Mas devo lhe dizer que estou surpresa com a sua visita. Andou por muito tempo de cara fechada para mim, e pior, sem motivo algum.
- Entende que nós mulheres somos uma mistura de sentimentos, não é?
- Sei...
- Ah, a sua casa é muito bonita. Tudo de bom gosto!
- Eu agradeço, querida! Virgínia ajudou-me a escolher a casa.
- Lembro-me bem desse dia.
- Mas o que acha que aconteceu para o seu marido ter ido tão depressa para a fazenda como você disse?
- Parece que o barão teve uma piora, uma febre... O capataz não explicou direito.
- Ah sim? Interessante.
- Isso me agonia, precisava conversar com alguém, a Virgínia mal me escuta.
- E escolheu a minha pessoa? Realmente surpreendente!
- Bom, é melhor eu ir.
- Não! Fica, Branca. Gosto muito de companhia... Além disso, Virgínia mal subiu para o quarto de Maria Vitória.
- Me pergunto sobre o quê, logo elas duas estão conversando.
- Pergunto-me a mesma coisa, juro! - Risos.
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O Caminho Para A Liberdade [REESCREVENDO]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, a mais bela das moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o mesmo...